O Tanque dos Missionários foi fundado aqui em nossa cidade na época do paroquiato do Padre João Antonio de Matos, conhecido como Padre João de Matos. Muito influente, o Padre João Antonio de Matos chegou a ser deputado e fundador da Festa da Padroeira. Em 1899, o Padre João Antonio de Matos tentou realizar uma Santa Missão, onde a mesma só aconteceu na virada do século em 1900, com a ajuda dos Freis Joãozinho e João. Os padres, então, resolveram achar um lugar para deixar uma marca dessa Santa Missão. O lugar escolhido era uma mata, onde eles iam rezando da Igreja Matriz de Nossa Senhora Imperatriz. Resolveram assim, cavar um tanque com a ajuda da população de Vila de Campos, como era chamada na época, para ali deixar registrado como ponto da Santa Missão. O tanque era sempre cavado nos horários das Santas Missões, pela manhã e ao entardecer. Ao ser cavado, não demorou muito para que as chuvas enchessem ao ponto de transbordar. O lugar então ficou conhecido como Tanque dos Missionários.
Quem tem trinta e poucos anos, lembra como era divertido esperar o sábado e o domingo para passear no mini-zoologico do Missionário. Era uma verdadeira festa visitar animais, que para nós, eram exóticos. Andar no pedalinho do Tanque dos Missionários era maravilhoso. Hoje, nossas crianças e adolescentes não têm mais locais de lazer e, acima de tudo, locais voltados para celebrar a natureza. Temos, sim, uma geração que acredita apenas no vídeo game, que não sabe o mundo maravilhoso que os cercam e, que na sua maioria não têm contato direto com a natureza.
O Tanque dos Missionários foi o salvador de muitas famílias na época da seca que atingiu, em cheio, nossa comunidade. As pessoas saiam em procissão até o tanque para buscar a água salvadora, foi um período muito difícil e, acima de tudo, benéfico. Benéfico, porque para a população o Tanque dos Missionários passou a ter um valor sentimental e, muitos cidadãos começaram a cobrar uma atitude do gestor da época que resolveu, então, transformar o Tanque dos Missionários em local de lazer e, acima de tudo, um local onde se podia refletir sobre a natureza e, de como o homem necessita dela para continuar a viver no mundo atual.
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